*Tinta em tela de Silvana Oliveira
Quem sabe?
Amanhã,
eu me desconstrua.
Pegue os pedaços rasgados e observe as margens do que deveria ter sido.
Quem sabe um dia,
o reflexo ilumine as janelas e eu possa passar por elas.
Hoje sou, depois não sei.
Banal, sim. Trivial, jamais.
O trânsito que me habita não sabe o caminho.
Triste que sou, poeta de estradas vazias…
Defino-me arte sem nunca ter sido.
E, quem quer me seja!
E, sequer eu grito?
Vagueio ou não seria,
a trajetória refletora dos avessos.